... e vários filmes!!! Num elenco de luxo, temos como protagonista Salvador, nascido a 28.04.2010, em cenários da vida quotidiana. Registado no nosso dia-a-dia, por isso aconselha-se alguma prudência quando imaginar as cenas descritas: são bem reais..
... e vários filmes!!! Num elenco de luxo, temos como protagonista Salvador, nascido a 28.04.2010, em cenários da vida quotidiana. Registado no nosso dia-a-dia, por isso aconselha-se alguma prudência quando imaginar as cenas descritas: são bem reais..
Projeto escolar de estagiárias: os pais fazem com as crianças uma bola de Natal que, no final, decorará a árvore que é o nosso projeto de Natal para a sala dos 4 ao 5 anos.
Resultado:
E o que é isto, perguntam.
Versão Mamã: O Grinch comeu a nossa bola de Natal e ficou meio arraçado de palhaço;
Versão do Salvador: É o Pai Natal maléfico vindo do Espaço
Melhor que tudo: Não dá para pendurar numa árvore desenhada num cartaz.... Mas lá que é redondo é!!!!
- Salvador, podes, por favor, levar estas meias para baixo para eu depois colocar na tua mochila?
- Sim, Mãe. Tu sabes eu faço tudo o que tu quiseres!!!! Tudo o que tu quiseres, Mãezinha querida!!
- Tudo o que eu quiser ou tudo o que eu pedir?
- Não é igual?!?!?
- Pensa lá bem e responde-me tu...
- Huummm... Se calhar eu faz tudo o que tu pedires e quiseres, MENOS as coisas eu não quiser, e depois tu dizes que eu me estou a portar mal.... Assim é que é as coisas!
....................
- Salvador, desculpa, mas vais ter que começar a ajudar o Pai e a Mãe com as limpezas cá em casa...
- MAS EU SOU TÃO PEQUENINO!!!!!! Os pequeninos não limpam a casa!!!!
- Tens toda a razão, mas podem ajudar de outra maneira, que vai dar no mesmo.
- Ah sim, como?
- Não sujando!
- Ah pois, mas eu também não posso ajudar dessa maneira: eu sou pequenino e os pequeninos só sabem mesmo é sujar....
...........................
- Vai acabar de jantar, se faz favor!!!!
- MAS EU NÃO TENHO FOME!!!!
- Não tens fome ou não te apetece comer a carne??
- Não tenho fome de não me apetecer comer a carne. Não preciso de jantar!!!
- Muito bem, mas aviso já que não há bolachinhas com leite para ninguém antes de deitar, entendidos?
- Sim, Mãe, claro. Pode ser só uma tostinha com queijo e fiambre.....
...........................
- Salvador, com quem é que estás a falar ao telefone?
- Com a Tia.
- Vai acabar de comer; a Mãe já atendeu este telefone. Desliga esse e vai sentar-te à mesa, por favor.
- Mas eu estou a falar com a Tia!!!!
- Desliga o telefone e vai acabar de almoçar!, que tu nem gostas de falar ao telefone!!!
Desliga o telefone e quando vai en passant para a cozinha ouço-o dizer: «não gosto de falar ao telefone mas ainda gosto menos de comer.....»
.......................
- Vem cá para eu te cortar as unhas!!
- Né peciso!!! - grita ele.
- Quem decide se é preciso ou não sou eu, e eu estou a mandar-te vir aqui para que te possa ver esses pés e cortar as unhas!! Atenção que não estou a pedir!!!
- Sim e eu não estou ir, que quem manda nestas pernas sou eu!!!
- E se essas pernas não se mexerem rápido até à sala, esse rabo no qual eu também não mando vai levar uma palmada!!
- Pode ser!! Vem aqui dar-me qu'eu estou a ver os desenhos!!!
(Quem aterrar agora neste blog deve pensar que acabei de inaugurar a série «Como Um Animal»...)
Imaginem o "idílico" cenário de estarem no duche, hiper atrasados como sempre, e de repente, vindo do nada (do nada, não: do andar de baixo...), começarem a ouvir uns guinchos.
Isso mesmo: Guinchos.
É uma nova moda do Salvador: para quê falar e explicar o que se passa se é tão mais fácil guinchar ou grunhir que nem um leitão?!?!?
As birras / declaração de contestação e/ou contrariedades da vida são manifestadas assim:
Acabaram-se as bolachas? Para quê pedir mais??: Grunhe-se bem alto que alguém há-de aparecer para dar mais....
Estou a chorar e ninguém sabe porquê? Para quê explicar?: misturam-se uns guinchos com uns grunhidos, deixo de respirar até ficar com os lábios roxos e a pele rosada e eles vão-se passar...
Não só não nos passamos, como ficamos tranquilamente ao lado dele a tentar acalmá-lo.
Umas vezes resulta (demora o seu tempo, é certo, mas resulta) e outras o amigo passa de leitão a varrasco e aumenta o volume da coisa.
Tranquilidade, é isso que é preciso nestes momentos.
Um abafador nas orelhas ou uma palmada no rabo dele também não seriam piores, mas há que praticar a paciência...
- Mãe, conheces alguma babysitter? - dispara ele, com um sotaque tããão british, que tive de olhar pelo retrovisor para ter a certeza que era mesmo o Salvador que estava comigo no carro e que tinha sido ele a falar.
Assim, de repente, às 8 da manhã, acabados de entrar no carro e atrasados como sempre para as nossas vidas porque, para não variar, o «amigo» sofre de morning blues....
- Não sei, mas acho que não conheço, Filho. E tu sabes, só assim, por um acaso, o que é uma babysitter? - questiono curiosa com a resposta.
- Sei: é uma senhora, ou um senhor ou um jovem, que se chama para tomar conta dos bebés porque os pais têm de ir a algum lado fazer alguma coisa. Depois eles dão comida aos bebés, põem eles a dormir, levam eles a passear a algum sítio...
- Muito bem!!! É isso mesmo! - digo toda orgulhosa por, quem quer que seja que lhe tenha ensinado, não ter dito que só as mulheres é que podem ser babysitters.
- E quem é que te ensinou acerca das babysitters? - questiono com a certeza de que deverá ter sido na aula de inglês do dia anterior.
- Ninguém, Mãe, é daquelas coisas que eu ensino a mim próprio, que aprendo sozinho.
Oh para mim de boca aberta com a resposta...
- Sozinho, como assim? - insisto. - Viste num filme ou nos desenhos animados e perguntaste a alguém o que era?
- Não, Mãe, ensinei a mim mesmo, claro. Eu sou assim, sei muitas coisas...
E eu, pelos vistos, sei coisas a menos, principalmente todas aquelas que ele insiste em não revelar....
Então se o objecto de partilha forem bolachas, ele vira fera.
Sempre que os Avós vêm para nossa casa, ele é avisado que eles não podem comer doces, seja o Avô Jorge seja o Avô Quim e, quer um quer outro, por motivos de saúde.
Os Avós paternos chegaram hoje. E a Avó Lu trouxe ao Salvador uma série de bolos e bolachas que ele adora e que nós raramente lhe compramos.
Esta tarde, ele já tinha comido Pão de Deus ao lanche até lhe apetecer. Mas assim que o Pai e a Avó viraram costas para irem às compras...
- Mãe, quero uma daquelas bolachinhas que a Avó Lu me trouxe, se faz favor.
- E não preferes acabar o Pão de Deus?
- Não, quero bolachas. Só uma.
Fomos ver o que tinha vindo e ele escolheu um dos pacotes, que são bolachas em forma de dinossauro, barradas a chocolate de um dos lados.
- Como vais ver televisão para a sala cor de rosa (nome que deu ao meu closet...), levas as bolachas numa taça e nada de migalhas, OK? - aviso-o franzindo o sobrolho.
- Shiuu, Mãe, fala baixo.
- Porquê? - pergunto eu já a sussurrar também.
- Porque eu vou ter de passar na sala...
- E então?
- E então que está lá o Avô Jorge; tenho que esconder as bolachas dele!!!
E não é que o sacana passou por detrás do Avô, de costas para ele, abraçado à taça com as bolachas e a piscar-me o olho?!!?!?
Não quero nem pensar se o Avô se atrevesse a pedir-lhe um dinossauro.... O amigo virava T-Rex, de certeza!!!
Hoje estive a preencher parte dos questionários escolares do ano lectivo 2014/2015.
São, sobretudo, questões que visam dotar o colégio de informação que lhes permita ir ao encontro das expectativas e necessidades dos pais, bem como conhecer melhor a criança e ajudá-la a ter uma fácil adaptação, caso sejam novas ali no estabelecimento de ensino.
Ora bem, uma das questões é «Como sabe quando a sua criança está com sono».
Apeteceu-me responder, sem pensar duas vezes, «ela desmaia no meu colo», mas achei que pareceria mal.
A verdade é que o Salvador luta tanto contra o sono que eu acho que ele às 21h já está pronto para ir para a cama.
Mas se for de sua vontade, fica por aqui a «fritar» até o deixarmos.
Eu achava que toda aquela energia era sinal que ele estava a combater o sono.
Hoje sei que não é assim: ele «frita» mesmo.
E quando tem sono, começa a bocejar ininterruptamente e a encostar-se.
Ou resolve a coisa como esta noite:
- Mãe, quero ir para a cama.
Assim, sem mais nem menos. Sem tirar nem pôr.
- Estou quase a acabar isto, Salvador.
- Está bem, mas eu quero ir para a cama. Agora.
E eu fui deitá-lo.
Para quê não lhe fazer a vontade???
É tão bom quando eles já falam e dizem o que querem, o que lhes dói...