... e vários filmes!!! Num elenco de luxo, temos como protagonista Salvador, nascido a 28.04.2010, em cenários da vida quotidiana. Registado no nosso dia-a-dia, por isso aconselha-se alguma prudência quando imaginar as cenas descritas: são bem reais..
... e vários filmes!!! Num elenco de luxo, temos como protagonista Salvador, nascido a 28.04.2010, em cenários da vida quotidiana. Registado no nosso dia-a-dia, por isso aconselha-se alguma prudência quando imaginar as cenas descritas: são bem reais..
Todos os dias chego às escola e pergunto ao Salvador:
- Então, Filho, como correu o dia?
E ele conta tudo: quando fica de castigo, quando não empresta os brinquedos aos amigos, quando se zanga com eles....
Depois, faço a mesma pergunta à educadora, ou a uma das auxiliares, para confirmar as histórias, porque ele às vezes tem uma versão muito "própria" dos eventos do dia.
Ontem a resposta foi «Tudo bem», o que fui verificar. Checked!!!
Já em casa, sentados no sofá, lembrei-me de um pormenor que a Marta me tinha contado:
- Filho, então hoje um dos amigos magoou-te???
- Pois foi, Mãe, o Dinis deu-me um arranhão e apertou-me com muita força - deu-lhe um valente beliscão, entenda-se.... - que até chorei!
- Mas o que lhe deu para te fazer isso? Fizeste-lhe alguma coisa?
- Não, Mãe! Nada!
- Pensa lá bem: Nada?
- Não!!! - diz irritado.
- O que é que aconteceu, afinal?
- Então Mãe, eu estava sentado de castigo.... - e nisto calou-se. E fixou o olhar no prato.
- Como? Não devo ter ouvido bem?
- ...
- Salvador?
-...
- Salvador, vais contar-me o que aconteceu???
- Eu estava na rua, sentado, e o Dinis veio sentar-se ao pé de mim...
- E desde quando é que vais para a rua para ficar sentado? - interrompo.
- Pronto... - rendido às evidências, continua - eu vou contar, Mãe.
- E não mintas, porque eu vou saber.
- Eu estava sentado de castigo quando o Dinis veio ao pé de mim; eu empurrei ele, porque ele não estava de castigo; ele deu-me um abolescanhãozão (lá está, um valente beliscão...) e 'pois a Marta mandou ele tratar do meu dodói, a pôr gelo nas minhas costas.
- E tu estavas de castigo, porque...???
- Porque desci o escorrega de cabeça.
- E já te tinham dito para não o fazeres, foi por isso que ficaste de castigo?
- Não, ninguém disse-me nada.
- Não??
- Não. Tooodaaa a gente sabe que não se descem escorregas de cabeça, Mãe - só faltou acrescentar o «DAAAAHHH!»...
- A sério? Eu ia jurar que toda a gente sabe que não se mente ou esconde que se esteve de castigo das mães....
- EU CONTEI!!!
- Porque como te descaíste, eu perguntei!! - refuto
Estou a aproveitar os meus blogs para promover as capacidades artísticas de amigos, conhecidos e desconhecidos.
Como? Recorrendo às suas fotos, montagens, trabalhos e desenhos para ilustrar os meus textos.
Já o fiz no «Aqui, é o que me apetece!», mais propriamente aqui e aqui e passarei a acrescentar a tag quid pro quo sempre que entre uma ilustração num texto.
Assim, se têm um desenho, quadro, foto ou o que quer que seja que julguem adaptar-se como ilustração a um dos meus textos, podem enviar-me o mesmo para o meu contacto smogm@sapo.pt, com a forma como querem que vos identifique (nome, nickname, nome artístico, o que quiserem), bem como o nome do post que querem ilustrar.
Também podem enviar algo que não seja da vossa autoria, desde que identifiquem quem fez ou o link de onde foram buscar a imagem.
Tive esta ideia quando estava a ver os trabalhos de uma grande amiga, que - diz ela.... - inspirada nesta minha nova forma de «Love Yourself, so do what you like to do», voltou ao desenho e às fotos.
No fim de semana anterior ao seu aniversário, fizemos um programa a dois: fomos cortar o cabelo.
Ele ficou maravilhado, porque nunca me tinha visto com o cabelo tão curto.
- 'Tás linda, Mãe... - diz embasbacado.
- A sério, Filho? - pergunto tentando fingir que não estou a rebentar de orgulho pelo facto de o meu filho ser um projeto de homem que elogia as mulheres.
- Sim: Pareces uma senhora!!!
E o que raio é que pareceria antes de cortar o cabelo?!?!?!?
Bem, adiante...
Como estava numa de fazer alguma coisa diferente, no dia de aniversário dele deixei-o na escola e fui fazer madeixas.
Quando ele entra no refeitório do colégio, à hora do lanche, e me vê, fica a olhar estranhamente... Eu diria de forma reticente, até.
- O que foi, Filho?
- Tu f'zeste ao cabelo?
- Pintei.
- Assim? De riscas?
- Chamam-se madeixas e sim, parecem umas riscas.
- E porque é que f'zeste dessa cor?
- Não gostas?
- Não. Acho tinhas fazer branco.
- Branco?
- Sim.
- Branco? - insisto.
- Sim.
- Queres explicar-me porquê branco?
- Ao menos sempre parecias uma zebra, assim nem sei o que pareces....
E eis a Mãe Zebra e a sua cria:
Ele aqui mais parece uma ovelha mémé (entretanto já foi «tosquiado»....) mas e eu, estou assim tão animalesca?
Confesso que estava tão furiosa quando escrevi isto, que me apetecia tudo menos contar-vos os contornos maquiavélicos desta criatura cujas aventuras tenho narrado....
Mas não posso mesmo deixar passar....
No dia anterior, o Pai tinha ido para a Inglaterra em serviço e estávamos os dois sozinhos em casa.
Por isso, toda a família e vizinhos telefonavam, uns atrás dos outros, para saberem se estávamos bem ou se precisávamos de alguma coisa.
Como o Pai não estava, e tem um «escritório» tão mais apelativo que o meu, montado no belo do sofá, resolvi que ia escrever no blog a partir do PC dele, para poder estar refasteladamente de pernas estendidas.
O Salvador, entretanto, tinha acabado de comer a fruta, e eu estava a meio de um texto quando o telefone tocou.
Gravei o texto nos rascunhos, verifiquei que o mesmo estava lá e levantei-me para atender o telefone, agarrando na taça da fruta para, de caminho, a ir pôr à cozinha (não fosse ela parar atrás da televisão ou algo do género...).
Quando volto da cozinha...
Deparo-me com o Salvador sentado no lugar que eu estava a ocupar, de rato na mão, de sorriso imbecil nos lábios.
- Jesus - penso de mim para mim - faz com que ele só esteja a brincar com o rato, please!!!!
Despachei o telefonema, pousei o telefone e, em suspense, dirigi-me ao sofá onde o amigo continuava com a mesma postura... Apenas para descobrir que o Filho do Criador também devia estar ao telefone quando lhe dirigi a minha súplica, porque o monitor do PC não mostrava a imagem que tinha quando o larguei.
E eis the Untold Dialogue of this Untold Story:
- Salvador!!!, Salvador!!, onde é que estiveste a mexer??? - digo eu já numa onda de pré histerismo!!
- Num sei... - responde-me com cara de anjola safado.
- Não sabes como!?!?!? Estiveste a mexer no computador do Pai?
- Sim..
- No trabalho da Mãe!?!?!? - retruco já histérica...
- Hum... Acho que sim.
- Sai lá daí para eu ver o que é que fizeste!!! Já!!! - ordeno firme, mas não segura face ao cenário que me esperava.
Sento-me e começo, incrédula, a tentar percorrer as páginas anteriores, carregando nas setas do Back e Forward como se não houvesse amanhã. Mudei de blog, voltei ao dele, mais Back's e Forward's e... nada. Nem um dos cinco textos que tinha em rascunho para o blog dele.
Salvador killed my babies!!! AAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHH
- O QUE É TU FOSTE FAZER?!?!?!?!? - não vale a pena tentar mentir: aqui já estava completamente histérica...
- Num sei - responde com ar de gozão.
- NÃO SABES COMO?????? O QUE É QUE NÃO SABES????
- O qu'eu fez....
- APAGASTE O TRABALHO DA MÃE!!!!!
- Todo?
- SIM!!!! TU NUNCA MEXESTE NOS NOSSOS COMPUTADORES, O QUE É QUE TE DEU PARA O FAZERES AGORA?!!?!?!?
- Num sei....
Paro por 10 segundos para respirar e tentar pensar....
- Salvador - digo exteriormente mais calma e a ferver de impotência por dentro - não voltas a mexer neste ou em qualquer outro computador ou tablet cá de casa, excepto se forem teus, está bem?!?
- Sim, Mãe. 'Escupa.
- Filho, gosto muito de ti, mas não te vou desculpar. O que fizeste é muito feio e se fosse trabalho da Mãe do emprego isto ia correr muito mal para a Mamã.
- Mas num é do emprego?
- Não... - respondo, deixando-me cair exaurida no sofá...
- E vais ter de fazer tudo outra vez?
- Sim, vou....
- Então...
- Então prepara-te porque agora vais para a cama. De castigo. Percebes porquê?
- Sim... Mas eu 'tava a pensar...
- Não estavas a pensar em nada!!! - interrompo, bruta que nem uma porta, para o fazer sentir que o que fez é grave.
- 'Tava sim!! 'Tava a pensar que, tu tens de fazer tudo out'a vez e, p'a num ficares sozinha, eu fica contigo toda a noite: tu t'abalhas e eu fica a ver 'zenhos (sim, os 'zenhos substituíram os nhecos...) e a faze'-te companhia!!! - diz ele muito depressa antes que me dê a «macaca» e o interrompa outra vez.
- Mãe??
Não consigo responder.
Estou atónita.
Este meu filho vai longe: tão pequenino e já com uma tão grande capacidade de fazer com que a maior asneira da vida dele reverta em seu próprio favor.
Gostava tanto conseguir entender porque é que mesmo não gostando de novelas tenho que assistir todos os dias a, pelo menos, 3 episódios de séries diferentes.
Como em qualquer canal público, cá em casa cumprem-se horários de telenovela: temos a da manhã, a do final da noite e a da noite, em horários pouco aconselháveis aos mais pequenos.
Mas, como não podia deixar de ser, o protagonista é mesmo o mais pequeno da casa.
Tipo I - Novela Matinal:
- Salvador, o que queres de pequeno almoço?
- ....
- Salvador? Filho?!?
- .......
- Salvador, responde à Mãe!
- Q'era a pergunta?
- O que queres para o pequeno almoço?
- Bolachinhas com leite.... - diz ensonado.
- OK, a Mãe vai preparar e depois levanta-te para ires comer.
- Táááá beeemmmm....
Chega à cozinha e:
- Não quero comer!!!
- Ninguém sai de casa sem comer porque depois não tem energia para brincar, Salvador.
- M'importa! Não vou comer!!
- A Mãe vai-se despachar e, quando aqui chegar, quero ver isso tudo vazio!!!
Volto à cozinha e... ele está a dormir em cima da mesa!!
E segue-se uma daquelas cenas de faca e alguidar, onde o nosso personagem principal acaba a beber o leite e a levar as bolachas numa caixinha para as comer a caminho da escola.
Mãe: 1 / Salvador: 0,5 (porque acabou por não comer as bolachas quando lhe mandei!!!)
Tipo II - Novela de Final de Dia:
- Salvador, a Mãe vai arrumar umas coisas e quando esse desenho animado acabar vens ter comigo para tomar banho.
- Combinado, Mãe.
O desenho acaba e eu entro na sala.
- Salvador???
- É só ver esta coisa....
- JÁ Á MINHA FRENTE!!!!
- Credo, Mãe!!!! P'aqué esse drama todo para tomar banho????
- Eu, drama para tomar banho?
- Sim, tu Mãe!!!
- Que engraçado... Ia jurar que quem vai tomar banho... ÉS TU!!!
- Sim, e por isso, qual é o drama!?!?!?
- Não sei, diz-me tu!!!!
- Mãe?
- Sim?
- O que é drama!?!?!?
Mãe: 2 / Salvador: 0,5 (sim, porque com ou sem drama, o amigo toma sempre banho!)
Tipo III - Novela da Noite:
- Mãe?
- Sim?
- Já é de noite?
- Não.
- Como sabes?
- Já te disse que é para ires dormir?
- Não!
- Então ainda não é noite. Mas porquê tanto interesse nisso?
- Hoje é domingo?
- Não.
- E vou poder ficar a ver t'visão com o Pai?
- Não.
- Tenho qu'ir domir?
- Claro que sim, amanhã é dia de escola e ainda tens de ir lavar os dentes....
- ...
- Mas qual é o teu problema, Filho?
- Posso ver «O Beijo do Escorpião»?
- Não há.
- HÁ SIM!!!! HOJE NUM É DOMINGO!!!!!
- Se eu digo que não há é porque não há e, mesmo que houvesse, não vais ver!
- OOH, MAS PO'QUÊ???? - grita num dramalhão.
- Porque tens que te levantar cedo e os meninos não vêem telenovela.
- Vêem SIM!!!
- Não, não vêem; telenovelas é coisa para grandes!!!
- MAS EU GOSTA!!!
- Azar o teu!!!
- QUÉ VÊ O BEIJO DO ESCORPIÃO!!!!
Mas porquê, porquê eu: não me chega ele saber - e gostar!!! - de música pimba e ainda tenho que discutir telenovelas - que não vejo - com ele!?!?!?
Mãe: 2 / Salvador: 0,5 (porque mesmo não vendo a telenovela, todos os dias é o mesmo «filme»!!!)
- Mão, o qué isso tens na mão? - pergunta ele, enquanto afaga a minha cicatriz.
- Foi um dodói que a Mãe fez, mas já passou.
- Foi o quê?
- Quando eras pequenino, e ainda mal sabias andar, vieste ter com a Mãe quando estava a passar a ferro. Foste contra a tábua e o ferro abanou e então, para ele não cair em cima de ti, a Mãe pôs a mão e queimou-se - concluo.
- Isso foi quando fomos ao 'spital e um bicho picou a ti no pé e ele ficou muito grande?
- Não, Filho, dessa vez quem se queimou foi o Pai e nós ficámos na rua à espera dele.
(Gostava de saber como é que ele se consegue lembrar com tanto pormenor de uma coisa que aconteceu ainda ele nem sequer tinha um ano e meio.... Estas cabecinhas são mistérios insondáveis!)
- Eu já queimou-se também?
- Não Filho, e ainda bem porque dói muuuuuuiiiitoo!!! Por isso é que a Mãe e o Pai te estão sempre a avisar que não se mexe em coisas quentes.
- E 'pois?
- E depois o quê?
- O que aconteceu na tua mão?!?!?
- Fez uma bolha muito grande, a bolha rebentou, depois fez um buraco e agora está assim, só um bocadito escuro.
- Ah... E o buraco?
- Desapareceu.
- Era um dodói?
- Era, mas agora já está bom.
- E foi p'a onde?
- Como?
- P'a onde foi o dodói?
- Desapareceu.
- P'a onde?
- Para lado nenhum, Filho. Ficou bom e pronto.
- E 'pois de bom foi p'a onde? - insiste.
- Olha para a tua mão - peço.
- Qué foi, ' que'la tem?
- Diz-me tu.
- Tem nada.
- E quando tu caíste de bicicleta o que ela tinha?
- Um dodói.
- E agora?
- Tu p'seste uma pomada e ela ficou boa.
- Isso mesmo!!
- 'Tou a peceber. Mas quem levou o dodói?
- Ninguém, Salvador, são as coisas boas do sangue que trabalharam muito depressa para o dodói ficar bom.
- E levaram ele p'a onde?
- Quem?
- O dodói. P'a onde foi o dodói?
- Desapareceu, como magia das fadas boas do sangue.
- Oh, que bom, Mãe!!!
- É, não é? - pergunto, aliviada pela saga ter acabado.
- Mãe?
- Sim, Filho?
- E para onde as fadas levam os dodóis?
- Eles desaparecem dentro de nós.
- Temos um sitio p'a eles irem?
- Não - respondo peremptoriamente antes que me pergunte onde é esse lugar.
- E eu posso ver as fadas boas do sangue?
- Não.
- Porquê?
- Porque elas são um segredo que não se vê.
- Então como sabes que elas 'tão lá?
- Mas nós não viemos para aqui para eu te deitar?
- Sim, mas eu quero tanto saber para onde vão os dodóis....
- Muito bem, amanhã vemos isso.
- P'ometes?
- Sim, Filho.
Felizmente, no outro, dia não se lembrou, porque estas conversas são autênticas pescadinhas de rabo na boca...
Para o Salvador o verão é tudo o que há de bom no mundo:
Brincadeira todo o dia;
Praia com os amigos da escola (este ano a pneumonia levou a melhor e ele não foi...);
Praia com os tios e primos / padrinhos;
Festas do pijama todas as noites;
Deitar tarde;
Levantar tardíssimo;
Passar 90 % do tempo em que está acordado em modo bacalhau, isto é, demolhado;
Férias com os pais;
Passeios a sítios novos e divertidos...
Enfim, é tudo.
Para mim é só dores de cabeça:
Época de usar bloqueador solar em tudo o que é pele exposta;
Época de besuntar o Salvador tipo lombo a ir ao forno porque ele ainda é mais branquela que eu;
Suar em bica ainda agora saíste do banho;
E... época das "raspagens" ao Salvador.
Leram bem: raspagens.
Não, não tenho qualquer tendência sádica em relação à minha cria (ou ao que quer que seja, só para que conste, OK????).
Mas durante estes meses - que nos últimos anos se prolongam entre julho e .... inícios de novembro - eu não dou banho ao Salvador, eu raspo-o. Literalmente. E nem sempre com resultados visíveis.
- Ai, Mãe!!!!! 'T'as a fazer?
- A lavar-te.
- Assim, com essa força toda?!?!!?
- Sim.
- Mas assim vais tirar a pele a mim....
- Estou a magoar-te?
- Não.
- Então do que é que te estás a queixar?
- De esfregares eu muito!!!
- Temos pena: se te sujasses menos eu tinha menos para lavar!!!
- Tás a esfregar onde dói!!!
- Desculpa, mas esta mancha não sai!!!!
- É UMA NÓDOA NEGRA!!!!!
Perceberam? É isto todos os verões.
O surro é tanto: as marcas do pó misturadas com o suor, um cabelo que parece que acabou de chegar da apanha da batata, os pés mais negros que o próprio calçado.... Este miúdo atrai tanto surro no verão como a parte de baixo da minha cama atrai cotão no inverno.
Eu esfrego, esfrego, esfrego e ele continua sempre a parecer-me encardido, tipo as t-shirts brancas depois de um dia de praia, cheias de manchas dos protectores solares...
É uma confusão de manchas naqueles caniços a que chamamos pernas, que eu nem sei distinguir o que está sujo do que são nódoas negras... ou encardido, como que calejado de andar de joelhos. A sério: quem olhar para o meu filho, parece que o internei num convento onde passa os dias todos a rezar em cima de pedra...
E depois são as birras dos calções, do calçado, das t-shirts preferidas, do «Não quero casaco!!!» e assim que sai à rua «TENHO FRIO!!!»...
No inverno, sempre os vestimos tipo cebola, camada sobre camada. E quando, ao final do dia, os "pelamos", a parte final está sempre imaculada.
Agora o verão....
Cada vez que o vou buscar à escola, só me apetece fugir.
Parece um carvoeiro preguiçoso, daqueles que até de olhar se nota que se sujou só para fingir que trabalha...